A Corregedoria Geral da Justiça realizou hoje (19) a 17ª edição do Simpósio Qualidade de Vida no Serviço Público, no Fórum João Mendes Júnior, com apoio da Escola Paulista da Magistratura (EPM), da Secretaria da Área da Saúde (SAS), do Centro de Treinamento e Apoio aos Servidores (Cetra) e da Secretaria de Primeira Instância (SPI). Destinado a magistrados e servidores, o Simpósio visa transferir conhecimentos e promover a reflexão sobre a importância da promoção de saúde e melhoria do clima organizacional.
O juiz assessor da CGJ, Ricardo Tseng Kuei Hsu, representou o corregedor-geral, desembargador José Renato Nalini. “É com grande prazer que estamos na 17ª edição do Simpósio, que conta hoje com 1.198 participantes, 229 da Capital e 969 servidores de 86 comarcas que nos acompanham via ensino a distância”, disse.
O novo secretário da Área da Saúde (SAS), Tarcísio dos Santos, também esteve presente. “É meu primeiro evento como secretário e confirmo que essa gestão tem o servidor como peça fundamental para o Tribunal de Justiça. Para tanto, as palestras do programa ‘Qualidade de Vida’ são fundamentais para reflexões.”
A primeira parte do evento foi com o bacharel em Educação Física pela Universidade de São Paulo, diplomado em Yoga pelo Instituto de Kaivalyadhama, PhD em Ciência do Yoga (Índia) e mestre pelo Departamento de Neurologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Marcos Rojo Rodrigues.
O professor abordou o tema Yoga e Qualidade de Vida e salientou o desgaste do termo “qualidade de vida”, sinônimo de vida com equilíbrio entre trabalho e descanso, dieta balanceada, exercícios, pouco tempo no trânsito e um pouco de meditação, atividades que, na prática e por diversas razões, são quase impossíveis no mundo contemporâneo. “Diante desse quadro, vejo muito mais sentido no termo ‘vida com qualidade’ do que ‘qualidade de vida’”, revelou o professor.
Também explicou que “o yoga prega o contentamento, a prática física e mental para a profunda meditação, que nada mais é que a auto observação constante”.
A segunda palestra foi proferida pelo médico César Deveza, mestre em Língua e Literatura Sânscrita pela USP; gestor do Programa Yoga-Sati para funcionários do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas; pesquisador dos efeitos das práticas do Yoga Clássico em pacientes com Transtornos Somatomorfos e Dissociativos e gestor do Projeto YAM – Yoga para os adolescentes da Fundação CASA. O tema foiQualidade de Vida – Mito ou Realidade.
Ele partiu da premissa de que “as coisas simples não são mais aceitas como simples porque nossa mente tornou-se demasiadamente complexa”. O professor fez uma exposição histórica acerca da transformação do conceito de felicidade. Segundo ele, o homem se distanciou do ideal de comunhão com a natureza, presente no mundo clássico greco-romano. Já a qualidade da vida relacionada à felicidade do consumo, presente no americam dream (sonho americano), deriva do ideal de satisfação permanente dos desejos preconizado pelo filósofo prussiano Inmanuel Kant (1724–1804). Destacou que, na perspectiva da filosofia do Yoga, o caminho para a felicidade só pode ser aberto pela eliminação do egocentrismo fundado nas palavras “eu/meu”.
A íntegra das palestras está disponibilizada pela intranet http://www.nucleomedia.com.br/tjsp-cetra, ou no site da Apamagis, pelo link http://apamagis.com.br/videos/palestras.php.